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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Procedimento de trabalho para ocorrencia do ALARA

O princípio básico da proteção radiológica ocupacional estabelece que todas as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente exeqüíveis (ALARA: As Low As Reasonably Achievable).
Estudos epidemiológicos e radiológicos em baixas doses mostraram que não existe um limiar de dose para os efeitos estocásticos. Assim, qualquer exposição de um tecido envolve um risco carcinogênico, dependendo da radiossensibilidade desse tecido por unidade de dose equivalente (coeficiente de risco somático). Além disso, qualquer exposição das gônadas pode levar a um detrimento genético nos descendentes do indivíduo exposto.
O princípio ALARA estabelece, portanto, a necessidade do aumento do nível de proteção a um ponto tal que aperfeiçoamentos posteriores produziriam reduções menos significantes do que os esforços necessários. A aplicação desse princípio requer a otimização da proteção radiológica em todas as situações onde possam ser controladas por medidas de proteção, particularmente na seleção, planejamento de equipamentos, operações e sistemas proteção. Os esforços envolvidos na proteção e o detrimento da radiação podem ser considerados em termos de custos; desta forma uma otimização em termos quantitativos pode ser realizada com base numa análise custo-benefício.



Principio da Limitação de Dose Individual: As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos em norma específica.

Limitação de dose e Otimização da radioproteção

1) Nenhum trabalhador deve estar exposto à radiação sem que:

a) Seja necessário;

b) Tenha conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;

c) Esteja adequadamente treinado para o desempenho seguro das suas funções;

2) Compensações ou privilégios especiais para trabalhadores não devem, em nenhuma hipótese, substituir requisitos aplicáveis de norma específica;

3) Menores de 18 anos não devem ser trabalhadores;

4) Gestantes não devem trabalhar em áreas controladas;

5) Para mulheres com capacidade reprodutiva, a dose no abdômen não deve exceder a 10 mSv em qualquer período de 3 meses consecutivos;

6) A dose acumulada no feto durante o período de gestação não deve exceder 1 mSv;

7) Estudantes, aprendizes e estagiários menores de 16 anos, cujas atividades envolvam radiação, não devem receber, por ano, doses superiores aos limites primários para indivíduos do público, nem doses superiores a 1/10 daqueles limites em cada exposição independente;

8) Estudantes, aprendizes e estagiários entre 16 e 18 anos não devem receber doses superiores a 3/10 da dose do limite para trabalhadores;

9) Estudantes e estagiários com idade maior de 18 anos devem obedecer o limite para trabalhadores.

Sistemas de Radio-Proteção

1) Óculos de vidro plumbífero;

2) Protetor de tireóide plumbífero;

3) Capa plumbífera;

4) Protetor de gônodas plumbífero;

5) Luvas plumbífero;

Fatores

1. Tempo: Deve haver rigorosamente limitação de tempo de exposição, a fim de que o indivíduo não receba doses acima dos limites de tolerância estabelecidos. Quando um material radioativo é completamente absorvido pelo organismo, pouco ou nada pode ser feito para eliminá-lo da região onde se depositou . No entanto pode ser controlados os riscos das radiações internas, ou seja, aquelas cuja fonte já se encontra depositada no interior do organismo, seja por ingestão, inalação ou absorção através da pele, impedindo-se a assimilação de fontes radioativas pelo corpo humano ou controlá-la a níveis mínimos, garantindo que os limites de tolerância não sejam ultrapassados.

2. Distância: Vamos entender como distância, o espaço mantido entre o trabalhador e a fonte de radiação. Isto significa que o trabalhador pode realizar suas tarefas sem risco nenhum de ser atingido pelas radiações, porque se encontra numa distância segura. Esta medida é eficaz e muito simples de ser aplicada.

3. Blindagens: Corresponde à utilização de barreiras feitas de materiais que sejam capazes de absorver radiações ionizantes. Essas barreiras devem ser feitas e orientadas por especialistas para que não se corra nenhum risco. É comum o uso de barreira de chumbo ou concreto cuja espessura é dimensionada em função do tipo de radiação da qual se quer livrar.

Área livre: área isenta de regras especiais de segurança onde as doses anuais não ultrapassem o limite para o público (1mSv).

Área controlada: área restrita na qual as doses equivalentes efetivas anuais podem ser iguais ou superiores a 3/10 do limite para trabalhadores.

Efeitos Biológicos da Radiação Ionizante

1) Mecanismo:

Radiação –> átomo (efeito comptom, fotoelétrico e produção de pares) –> fenômeno físico (ionização) –> fenômeno químico (ruptura nas ligações das moléculas) –> fenômeno biológico (em relação às moléculas) –> fenômeno fisiológico ( em relação ao organismo)

2) Tempo de Latência:

Dose elevada – tempo curto; Doses baixas com tempo de exposição muito lento – latência de dezenas de anos.

3) Efeitos:

Reversíveis – poder de restauração das células;

Irreversíveis – câncer (mutação das células) X necrose (morte das células);

Transmissibilidade – a maior parte das alterações que ocorrem em uma célula não de transmitem a outras. Efeitos hereditários podem ser transmitidos através da reprodução (células germinativas);

Limiar – alguns efeitos biológicos exigem um valor mínimo de radiação ionizante para se manifestar. É o mínimo de radiação necessária para que ocorra algum efeito biológico);

Radiossensibilidade – as células não respondem igualmente a mesma dose de radiação. Ex.: plaquetas, leucócitos, hemáceas. (corresponde a sensibilidade de cada célula aos efeitos de radiação ionizante).

4) Classificação:

Somáticos – ocorrem nas células somáticas e não se transmitem aos descendentes. Ex.: lesão de pele (radiodermite); Hereditários – se transmitem aos descendentes;

Estocásticos – a probabilidade de ocorrer é função da dose;

Não estocásticos (Determinísticos) – a gravidade aumenta com o aumento da dose e existe um limiar de dose.

5) Síndrome aguda da radiação:

Forma hematopoética da síndrome

- Cada tipo de célula apresenta sensibilidade diferente para radiação;

- As doses relativamente baixas (<>

- As células afetadas são as com maior sensibilidade: leucócitos, linfócitos, medula óssea;

- Estágio da doença: febre, infecção, hemorragia.

Forma de trato gastro intestinal

- Acima de 6 Sv – células do tecido epitelial do trato gastro intestinal são destruídas, derrubando assim uma barreira vital. Logo teremos: perda de líquidos, infecção dominante e diarréia aguda.

Forma cerebral

- Acima de 20 Sv. Provocando desorientação e choque.

6) Efeitos somáticos tardios:

Período de latência muito grande, anos após a radiação. Ex.: câncer.

7) Efeitos hereditários:

Atinge óvulos e espermatozóides.

Efeitos: albinismo, homofilia, daltonismo, etc.

8) Principais órgãos geralmente afetados pela radiação ionizante:

Gônodas –> medula óssea –> tireóide –> seios

Se não houver critério rigoroso de proteção e controle das radiações, haverá sempre o risco de exposição, não só para aqueles que operam equipamentos ou para pesquisadores que lidam com tais elementos, mas também para pessoas que estiverem em locais executando tarefas bem diferentes. Todavia o risco à exposição de radiação depende das instalações e protetores existentes e do tipo de radiação se é mais ou menos intensa. Por exemplo, as radiações gama e X podem atravessar paredes, avançar distâncias maiores com intensidade suficiente para causar danos à sociedade.

Os efeitos das radiações sobre o organismo dependem da dose recebida e podem se fazer sentir através da:

Ingestão, os elementos radioativos penetram no organismo pela água ou comida contaminada;

Inalação de gases e poeiras radioativos corresponde a um grande perigo, devido ao fato de que a radiação é lançada dentro dos pulmões e nesse caso, pode ser facilmente absorvida;

Absorção de radiações através da pele é a mais comum e também muito perigosa. A exposição poderá ocorrer sobre todo o corpo ou sobre parte dele. Quando atinge todo corpo, o principal efeito é sobre o sangue e sobre órgãos formadores de sangue. Os danos são vários, como: anemia, leucemia, câncer de pele, câncer ósseo, câncer de tireóide, etc. Os efeitos da radiação dependem da radiação recebida. Por isso, quanto a exposição a radiação é localizada sobre determinado órgão, poderá destruí-lo uo lesá-lo. Por exemplo, quando atingem os olhos podem causar cataratas ou a cegueira. Atingindo a pele, torna-se seca e rígida, sujeita a queimadura, tumores e câncer. Poderá causar esterilidade temporária ou permanente, quando atinge os órgãos reprodutores. Podem até mesmo causar alterações nas gerações futuras do indivíduo exposto - são os efeitos genéticos. Enfim a exposição a radiações constitui um risco sério para o homem, se não houver meios de proteção e controle sistemáticos.

Medidas de prevenção e controle adotadas com muito critério e correção podem eliminar os riscos de qualquer fonte de radiação, chegando mesmo a manter qualquer exposição abaixo dos níveis estabelecidos.

Consegue-se o controle dos riscos de radiações externas, restringindo áreas específicas para as atividades que envolvam materiais radioativos e também adotando-se sistemática de trabalho e procedimentos que impeçam a contaminação de áreas vizinhas e do meio exterior, isto é, da água, do ar e do solo.

Da mesma forma, a proteção do trabalhador pode ser conseguida impedindo-se que as fontes radioativas atinjam as vias de absorção do organismo. Isto pode ser feito através da utilização de adequados equipamentos, métodos e técnicas de operação, bem como através do cumprimento de normas rígidas na execução de tarefas.

Em geral, as radiações são invisíveis e dificilmente detectáveis pelas pessoas, através dos seus sentidos, com exceção da parte visível do espectro. Considerando os efeitos térmicos (aquecimento) provocados pelas radiações, se esta for perigosa, a sensação de calor pode não mais servir para avisar o risco. O mais correto é utilizar detectores nos locais para acusar a existência e intensidade da radiação, porém só especialistas devem lidar com estes detectores.

Contaminação e Exposição

Os trabalhadores que utilizam material radioativo na forma líquida, na forma de pó ou de gás, além de sofrerem exposição às radiações emitidas pelo isótopo ao se desintegrar ainda correm o risco de se contaminarem com o material radioativo.

A contaminação é o termo utilizado quando o material radioativo pode se impregnar em utensílios diversos, em pisos, tetos ou em pessoas. Nestes casos o objeto ou a pessoa contaminada se transforma em uma fonte de radiação.

O material radioativo pode ficar impregnado na pele da pessoa, contaminação externa, ou ser incorporado pelo indivíduo, contaminação interna.

A contaminação interna pode ocorrer por inalação, ingestão, ou por algum corte na pele que permita a entrada do material radioativo no corpo do indivíduo. No caso de contaminação interna todos os fluidos liberados pelo indivíduo contaminados também estarão contaminados. Este é o caso dos pacientes submetidos ao procedimento de iodoterapia, por exemplo, ou de pacientes submetidos a exames de diagnóstico em Medicina Nuclear, quando o paciente se transforma em uma “fonte” de radiação após ser injetado com o radioisótopo específico para a realização do seu exame.

Das áreas de radiodiagnóstico, a que apresenta o maior risco de contaminação dos trabalhadores é a Medicina Nuclear, que utiliza isótopos radioativos, injetados no paciente, para a obtenção de imagens.

gerador de Tecnécio 99 metaestável

Fotografias do gerador de Tecnécio 99 metaestável

radiofarmaco

Radiofármaco

Na área industrial, normalmente os trabalhadores de Instalações do Ciclo do Combustível Nuclear correm o risco de contaminação por manusearem o minério de urânio para confeccionar combustível nuclear para as usinas de Angra. Os minérios que contêm o urânio são extraídos em Caetité, sudoeste da Bahia. Depois de passar por um processo de purificação, o urânio é separado do minério e concentrado sob a forma de um sal amarelo, conhecido como yellowcake. Depois desta primeira fase, duas etapas são realizadas fora do Brasil. A primeira é no Canadá, o yellowcake é dissolvido e mais uma vez purificado, obtendo-se o urânio nuclear puro, que será convertido para o estado gasoso (hexafluoreto de urânio). A segunda fase é feita em países da Europa, quando o urânio em gás é enriquecido e enviado em contêineres à Fábrica de Combustível Nuclear .

minério de urânio

Fotografia do minério de urânio

mina de Caetité

Mina de Caetité, no interior da Bahia, de onde se extrai aproximadamente 45 toneladas de urânio por mês.

Já em solo nacional, o urânio enriquecido é reconvertido para a forma sólida e depois transformado em pequenas pastilhas. Com pouco menos de um centímetro de comprimento e de diâmetro, as pastilhas são colocadas em um conjunto de 235 tubos metálicos (varetas), formando o elemento combustível.

pastilhas

Fotografia das pastilhas de urânio

varetas

Varetas que formam o elemento do combustível nuclear.

As normas de radioproteção, para exposição à radiação, ser resumem a orientar o trabalhador sobre três fatores: tempo, distância e blindagem. Essas orientações são adequadas àqueles que trabalham com campos de radiação X e gama: mamografia, raios-X convencionais, tomografia , densitometria óssea, radioterapia com fonte de cobalto ou na área de controle de qualidade (radiografia industrial) em instalações industriais.

No caso de probabilidade de contaminação dos trabalhadores, as instruções são para evitar o contato com o material radioativo, utilizando os equipamentos de proteção adequados a cada isótopo. Pode-se utilizar luvas, protetores para os sapatos, aventais de pano, aventais de chumbo, máscaras, toucas para proteger os cabelos,…Quando o isótopo radioativo é volátil normalmente a instalação possui uma capela com filtros e exaustão adequada.

capela

Fotografia de uma capela

proteçãoindividual

Equipamentos de proteção pessoal.

Quando há risco de contaminação existe também o risco de exposição. Assim, os trabalhadores devem ser orientados em relação as normas de radioproteção para ambas as situações.

protetoresblindados

Fotografia de protetores blindados de seringa contendo material radioativo

A proteção contra exposição, em Medicina Nuclear pode ser feita com a proteção da seringa em uma blindagem adequada, pela utilização de tijolos de chumbo ao redor dos radioisótopos, pela utilização de vidros plumbíferos na bancada onde se faz a eluição dos geradores de Tecnécio-99 m. A lixeira, onde são descartados materiais contaminados, também deve ser blindada de modo a minimizar o nível de radiação no interior do laboratório. Deve-se, principalmente, orientar os trabalhadores a não permanecer um tempo desnecessário no interior do laboratório onde ficam os materiais radioativos.

biombo

lixeirablindada

tijolodechumbo

Fotografias de equipamentos utilizados para reduzir a exposição a radiação em um laboratório de Medicina Nuclear: biombos plumbíferos, lixeiras blindadas, e blindagens com tijolos de chumbo e anteparo plumbífero para se guardar os geradores de Tecnécio 99 m.

Princípios Básicos de Proteção Radiologica

Os princípios básicos de Proteção Radiológica são:

I – Justificação

Nenhuma prática ou fonte associada a essa prática será aceita pela CNEN, a não ser que a prática produza benefícios, para os indivíduos expostos ou para a sociedade, suficientes para compensar o detrimento correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos, assim como outros fatores pertinentes.

II – Otimização

Em relação às exposições causadas por uma determinada fonte associada a uma prática, salvo no caso das exposições médicas, a proteção radiológica deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exeqüível, tendo em conta os fatores econômicos e sociais. Nesse processo de otimização, deve ser observado que as doses nos indivíduos decorrentes de exposição à fonte devem estar sujeitas às restrições de dose relacionadas a essa fonte.

Nas avaliações quantitativas de otimização, o valor do coeficiente monetário por unidade de dose coletiva não deve ser inferior, em moeda nacional corrente, ao valor equivalente a US$ 10000/pessoa.sievert.

III -Limitação de dose individual

A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose especificado na tabela a seguir, salvo em circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. Esses limites de dose não se aplicam às exposições médicas.

Limites de Dose Anuais [a]
Grandeza Órgão Indivíduo Ocupacionalmente Exposto Indivíduo do Público
Dose Efetiva Corpo Inteiro 20 mSv [b] 1 mSv [c]
Dose Equivalente Cristalino 150 mSv 15 mSv
Pele [d] 500 mSv 50 mSv
Mãos e pés 500 mSv –

[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve ser considerado como dose no ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano.
[b] Média ponderada em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano.
[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano.
[d] Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada.

Os valores de dose efetiva se aplicam à soma das doses efetivas, causadas por exposições externas, com as doses efetivas comprometidas (integradas em 50 anos para adultos e até a idade de 70 anos para crianças), causadas por incorporações ocorridas no mesmo ano.

Limites de Dose: Mulher Grávida

Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem ser controladas de maneira que seja improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto receba dose efetiva superior a 1 mSv durante o resto do período de gestação.
Uma mulher ocupacionalmente exposta, ao tomar conhecimento da gravidez, deve notificar imediatamente esse fato ao seu empregador. A notificação da gravidez não deve ser considerada um motivo para excluir uma mulher ocupacionalmente exposta do trabalho com radiação; porém o titular ou empregador, nesse caso, deve tomar as medidas necessárias para assegurar a proteção do embrião ou feto, evitando que este receba uma dose efetiva superior a 1 mSv, durante o resto do período da gestação.

Limites de Dose: Menores de Idade

Indivíduos com idade inferior a 18 anos não podem estar sujeitos a exposições ocupacionais.

Limites de Dose: Exposições Médicas

Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de acompanhantes e voluntários que eventualmente assistem pacientes. As doses devem ser restritas de forma que seja improvável que algum desses acompanhantes ou voluntários receba mais de 5 mSv durante o período de exame diagnóstico ou tratamento do paciente. A dose para crianças em visita a pacientes em que foram administrados materiais radioativos (por exemplo, iodoterapia) deve ser restrita de forma que seja improvável exceder a 1 mSv.

A responsabilidade da radioproteção em uma instalação é do titular, o qual deve fomentar e manter uma cultura de segurança para estimular e fortalecer atitudes e comportamentos que contribuam para aprimorar a segurança das fontes e a Proteção Radiológica.
Não é suficiente apenas se instituir um sistema de radioproteção em uma instalação, deve-se estabelecer e implantar um sistema de garantia da qualidade para proporcionar, no que se refere à Proteção Radiológica:

Garantia de que os requisitos especificados estão satisfeitos; e
Mecanismos e procedimentos para revisar e avaliar se as medidas de Proteção Radiológica adotadas são efetivas.

Devem ser tomadas medidas para reduzir, o quanto for exeqüível, a contribuição de erros humanos que levem a acidentes ou outros eventos que possam vir a originar exposições inadvertidas ou não intencionais em qualquer indivíduo.
Ou seja, a radioproteção é uma atividade dinâmica, exigindo do responsável por sua implementação uma reavaliação constante das medidas e procedimentos estabelecidos a fim de melhorar a proteção dos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE) em atividades que envolvam exposições ocupacionais.
A CNEN considera que os titulares e empregadores são responsáveis pela proteção dos IOE em atividades que envolvam exposições ocupacionais. Os titulares e empregadores devem assegurar também que os demais indivíduos da instalação, que não estejam envolvidos em atividades diretamente relacionadas à radiação, sejam tratados como indivíduos do público e recebam o mesmo nível de proteção.
A verificação dos níveis de dose nos IOE deve ser realizada com o estabelecimento e implementação, pelos titulares e empregadores, de um programa de monitoração individual e de área, conforme aplicável, levando-se em conta a natureza e intensidade das exposições normais e potenciais previstas.

Equipamentos de Proteção Coletiva

Biombo de Chumbo




É utilizado para a proteção colétiva de técnico, acompanhante e outros individuos que estiverem na sala de exames.